Medicamento anticoagulante pode ajudar a prevenir Alzheimer
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A saúde do coração está intimamente ligada à do nosso cérebro. Estudos mostraram que ter alguma doença cardiovascular pode aumentar o risco de desenvolver comprometimento cognitivo e demência.
Então, ao tratarmos as condições que afetam o coração, poderíamos prevenir o surgimento de problemas no cérebro? Parece que talvez sim. Uma nova pesquisa sugere que o medicamento heparina, usado para prevenir coágulos sanguíneos, pode retardar o início da doença de Alzheimer.
A análise, publicada no Molecular Psychiatry, considerou dados de registros médicos de dois grandes sistemas de saúde, o Mount Sinai Health System (MSHS) e o Columbia University Medical Center (CUMC).
Doenças cardíacas estão associadas ao risco de demência
Um relatório da American Heart Association (AHA) revela que doenças cardíacas, como insuficiência cardíaca, fibrilação atrial (AFib) e doença arterial coronariana, estão fortemente ligadas ao aumento do risco de comprometimento cognitivo e demência.
Segundo o documento, a insuficiência cardíaca afeta 50% das pessoas com problemas cognitivos, e a AFib aumenta o risco de comprometimento em 39%. Já os sobreviventes de ataques cardíacos têm até 50% mais chances de desenvolver declínio cognitivo.
Diante dessas evidências, cientistas buscaram entender se o tratamento de prevenção de problemas cardiovasculares seria uma forma também de evitar a demência.
Anticoagulante pode ajudar a prevenir Alzheimer
- Em uma nova pesquisa, os pesquisadores avaliaram se a heparina, um anticoagulante, poderia ajudar a prevenir o Alzheimer.
- Eles compararam dados de pacientes que haviam recebido heparina com aqueles que não haviam recebido.
- A análise mostrou que, apesar de receberem o diagnóstico, os pacientes que receberam heparina apresentaram os sintomas de Alzheimer até 2 anos mais tarde do que o comum.
- Os resultados indicam que a heparina pode ser um caminho para criar novos tratamentos para a condição.
Como a heparina ajuda a prevenir o Alzheimer?
Existem duas variantes genéticas associadas ao risco de Alzheimer que desempenham papéis opostos. A ApoE4 é conhecida por aumentar a probabilidade do surgimento da doença, enquanto uma versão rara dela, a ApoE Christchurch, parece reduzir essas chances.
Isso ocorre porque o ApoE Christchurch se conecta de forma mais fraca aos proteoglicanos de sulfato de heparana (HSPGs), moléculas envolvidas no acúmulo de proteínas Tau, uma das causadoras dos danos cerebrais do Alzheimer.
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A heparina não entra diretamente no cérebro, mas os cientistas dizem que, devido à sua fórmula, ela pode interromper as ligações entre o ApoE e os HSPGs, prevenindo assim o acúmulo de proteínas nocivas que provocam o Alzheimer.
Novas possibilidades de tratamentos para o Alzheimer
Benjamin Readhead, professor associado de pesquisa no ASU-Banner Neurodegenerative Disease Research Center, explicou que as novas descobertas do estudo são um caminho para desenvolver novos tratamentos para o Alzheimer.
Embora as descobertas não tenham implicações para o uso das formulações atuais de heparina no tratamento e prevenção da doença de Alzheimer, o estudo pode ajudar a informar o desenvolvimento de novos tratamentos modificadores da doença, inclusive para portadores do gene APOE4, o principal fator de risco genético para o Alzheimer.
Readhead ao Medical News Today.
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